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O tamanho assustador do mapa de Daggerfall

Descubra quantos países cabem dentro do mapa de Daggerfall

Informações Básicas

Estilo
Gênero
Duração média
Plataformas
Faixa etária
Estúdio
Lançamento

Se você acha que já se perdeu em algum mapa de jogo por aí, talvez seja porque ainda não encarou The Elder Scrolls II: Daggerfall. Lançado em 1996 pela Bethesda Softworks, este RPG clássico é conhecido, entre muitas coisas, por possuir um dos maiores mapas da história dos videogames - só perdendo para No Man's Sky, que possui 18 quintilhões de planetas (seria algo como 18.000.000.000.000.000.000 de planetas).

Estamos falando de um território tão vasto que até hoje deixa jogadores e desenvolvedores de boca aberta. Mas o que faz o mapa de Daggerfall ser tão absurdamente gigante? Como ele foi construído? E será que ele ainda impressiona atualmente? Bora mergulhar nesse universo colossal de um dos maiores títulos da franquia The Elder Scrolls!

Dica e informação importante: Já que TES II: Daggerfall é um jogo antigo e com capturas de tela de baixa qualidade, nós, da GameFoxHub decidimos usar algumas capturas do Daggerfall Unity, um "remaster" do jogo feito por fãs para recriar o icônico jogo com novos gráficos, até a Bethesda decidir lançar uma versão oficial, como fizeram recentemente com Oblivion. Você pode conferir todas as informações sobre Daggerfall Unity aqui. Caso você seja um jogador "raiz" e queira a experiênciar o jogo da forma que ele "veio ao mundo", não se exaspere, Daggerfall está disponível gratuitamente na plataforma Steam.

 

[[link]]Afinal, o mapa de Daggerfall é grande mesmo? [[link]]

Para você ficar boquiaberto: Veja a seta vermelha, ela aponta para o mapa INTEIRO de Skyrim. Se você já jogou Skyrim, sabe que o mapa não é pequeno... então, agora você tem uma boa ideia da grandiosidade e do absurdo do tamanho de Daggerfall.

Prepare-separa números insanos: o mapa de TES II: Daggerfall cobre aproximadamente 161.000 quilômetros quadrados. É, você não leu errado: cento e sessenta e um mil quilômetros quadrados! Para colocar em perspectiva, a Inglaterra tem cerca de 130.000 quilômetros quadrados, a Coreia do Sul gira em torno de 100.000 quilômetros quadrados, enquanto o Uruguai, por exemplo, tem aproximadamente 176.000 quilômetros quadrados.

Isso significa que Daggerfall é maior que a Coreia do Sul inteira e quase do tamanho de um país inteiro da América do Sul. Quando comparamos com jogos mais modernos, a diferença se torna ainda mais gritante. Skyrim, sendo considerado o maioral por muitos fãs, possui somente cerca de 37 quilômetros quadrados. GTA V, outro gigante do mundo aberto, chega a 127 quilômetros quadrados. The Witcher 3: Wild Hunt, somando todos os seus mapas, alcança cerca de 218 quilômetros quadrados. Ou seja, Daggerfall simplesmente esmaga seus sucessores em termos de tamanho, e continua imbatível nesse quesito até hoje.

 

[[link]]Como a Bethesda criou um mapa tão imenso? [[link]]

O segredo por trás desse mundo colossal está na geração procedural. Em vez de construir cada cidade, estrada ou floresta manualmente, como fazemos hoje, a Bethesda utilizou algoritmos matemáticos para criar o ambiente de forma automatizada.

Foi assim que surgiram mais de 15.000 localidades únicas, entre cidades, vilarejos, masmorras, templos e santuários, além de um número impressionante de mais de 750.000 personagens não jogáveis espalhados pelo território (é NPC que não acaba mais). Esse método também permitiu uma grande variedade de terrenos, indo de desertos até regiões montanhosas e cobertas de neve.

 

Para conseguir armazenar tanta informação nos computadores da época, a Bethesda utilizou técnicas de compressão engenhosas, como o uso de mapas vetoriais que ocupavam muito menos espaço que mapas gráficos tradicionais, e um sistema de códigos que geravam locais dinamicamente em vez de salvar cada área individualmente.

Mesmo com esses truques, o jogo ainda vinha em dois CDs, o que era algo considerado pesado para os padrões da década de 90. Foi um feito técnico impressionante, mesmo que, como consequência, alguns lugares acabassem parecendo meio repetitivos ou vazios.

 

[[link]]A experiência de viajar em Daggerfall[[link]]

Em Daggerfall, atravessar o mapa a pé não era apenas demorado, era uma verdadeira jornada de sobrevivência. Enquanto em jogos como Skyrim ou The Witcher 3 você pode cruzar o mapa em minutos, aqui uma travessia completa poderia levar dezenas de horas em tempo real.

Para lidar com isso, o sistema de fast travel era praticamente obrigatório, mas não tão conveniente quanto nos jogos modernos: viajar entre regiões consumia dias ou até semanas dentro do calendário do jogo. Durante essas viagens, seu personagem poderia ser assaltado por bandidos, acometido por doenças ou simplesmente morrer de exaustão, o que forçava os jogadores a planejarem muito bem seus deslocamentos.

Você precisava levar em conta as suas provisões, meios de transporte como cavalos e carruagens, e ainda se preparar para enfrentar condições climáticas adversas. Um erro no seu planejamento poderia significar ficar preso no meio do deserto sem água, ou congelar nas montanhas geladas de Daggerfall. Essa abordagem tornava o mundo do jogo muito mais perigoso, realista e imersivo do que estamosa costumados com os jogos de hoje.

 

[[link]]O mapa é gigante, mas tem vida? [[link]]

Apesar de ser gerado proceduralmente, o mundo de Daggerfall é extremamente vivo, levando em conta os padrões da época. Cada local possui seus próprios NPCs, facções políticas e intrigas locais. O jogo contava com sistemas políticos dinâmicos onde reinos podiam entrar em guerra, formar alianças ou trair uns ao soutros. Facções como a Dark Brotherhood, Fighters Guild, Mages Guild, Thieves Guild e várias outras ofereciam missões que variavam de acordo com sua reputação regional.

 

O sistema de crimes também era bem elaborado, com consequências reais, caso você fosse pego roubando ou matando. Além disso, haviam missões geradas dinamicamente, que variavam com a sua fama e relação com as regiões, o que mantinha o mundo em constante movimento. Apesar da repetição ocasional no design de masmorras ou cidades, o sentimento de um mundo vivo e respirando era inegável.

 

[[link]]As diferenças entre Daggerfall e os jogos posteriores da série[[link]]

Muitos fãs que conheceram The Elder Scrolls através de Morrowind, Oblivion ou Skyrim podem se surpreender com o quão diferente Daggerfall é em termos de escala e design. Daggerfall apresenta um mapa colossal de 161.000 quilômetros quadrados, enquanto os jogos posteriores se concentram em mundos muito menores e mais densos.

A exploração em Daggerfall era absolutamente aberta, e o jogo incentiva viagens longas e arriscadas por um mundo de proporções absurdas. Já nos títulos mais recentes, a densidade narrativa e o detalhamento dos ambientes tomaram a dianteira, priorizando experiências mais guiadas e roteirizadas.

 

O sistema de criação de personagens de Daggerfall também é complexo, permitindo personalizações minuciosas que foram simplificadas nas versões posteriores da franquia para atingir um público mais amplo. Outro grande contraste era a abordagem de viagem: em Daggerfall, viajar era uma tarefa perigosa e realista, enquanto em Oblivion e Skyrim a viagem rápida se tornou segura, instantânea e confortável. Essas diferenças tornam Daggerfall uma experiência única mesmo dentro da própria série Elder Scrolls.

 [[link]]Daggerfall Unity: a ressurreição moderna[[link]]

Em tempos recentes, um projeto chamado Daggerfall Unity vem trazendo esse clássico de volta à vida para os jogadores modernos. Construído em cima do motor Unity, esse projeto não apenas modernizou a aparência do jogo com novos efeitos de iluminação, suporte a alta resolução e melhor fluidez nos movimentos, mas também corrigiu inúmeros bugs que afetavam a experiência original. A versão Unity ainda permite o uso de mods que expandem o jogo de maneiras incríveis, adicionando texturas de alta definição, trilhas sonoras remasterizadas, novas missões e muitas melhorias de qualidade de vida.

 O mais interessante é que jogar Daggerfall Unity é gratuito e legal. A Bethesda liberou a versão clássica de Daggerfall para download, e o projeto Unity permite que qualquer pessoa experimente esse mundo gigantesco com melhorias significativas. Para muitos fãs de RPG, essa é a forma definitiva de experimentar uma das obras de RPG mais ambiciosas já feitas. Na imagem, temos o mod "Parrallax Dungeon Doors" que adiciona um efeito bem legal nas portas das dungeons do jogo.

 

[[link]]O impacto cultural de Daggerfall[[link]]

Mesmo sem atingir o sucesso estrondoso de títulos como Skyrim, Daggerfall deixou um impacto profundo no desenvolvimento dos RPGs de mundo aberto. Ele popularizou conceitos como liberdade quase total de movimento e uma personalização complexa de personagem, elementos que hoje são padrão em muitos jogos do gênero.

Sua abordagem procedural também influenciou o desenvolvimento de títulos modernos focados em exploração e geração automática de mundos, como No Man’s Sky e Starfield. Daggerfall inspirou uma geração de fãs a sonharem com mundos virtuais gigantescos, ajudando a estabelecer a Bethesda como uma das principais referências na criação de RPGs ocidentais.

 

[[link]]Curiosidades insana sobre o mapa de Daggerfall[[link]]

Cruzar o mapa de Daggerfall de ponta a ponta, andando ininterruptamente, levaria aproximadamente 70 horas, o que dá uma dimensão mais precisa do seu tamanho surreal. Existem locais secretos, masmorras escondidas e áreas remotas que muitos jogadores nunca chegaram a descobrir. Em algumas regiões extremamente isoladas, é possível encontrar vilas que consistem em apenas três ou quatro NPCs vivendo no que é, basicamente, o meio do nada.

Além disso, há áreas com bugs que podem prender seu personagem para sempre se você não tomar cuidado. Alguns rumores antigos também sugerem que existem pontos no mapa que não aparecem nem mesmo nos registros oficiais.

 

[[link]]A recepção crítica na época[[link]]

Quando lançado, Daggerfall foi amplamente elogiado pela crítica pelo seu escopo gigantesco e pela liberdade quase total que oferecia aos jogadores. Por outro lado, não escapou de críticas relacionadas à quantidade de bugs e à falta de polimento em diversas áreas do jogo, algo que afetava bastante a experiência.

Ainda assim, o jogo vendeu mais de 750.000 cópias, um número impressionante para um RPG ocidental da década de 90. Muitos consideram Daggerfall um clássico cult, e aqueles que tiveram a paciência e a coragem de explorá-lo até hoje lembram dele com carinho e reverência.

 

[[link]]Um mapa e um jogo que atravessam gerações[[link]]

O mapa de The ElderScrolls II: Daggerfall não é só grande. Ele é uma verdadeira lenda, um símbolo máximo da ambição nos videogames. Uma terra tão vasta, complexa e cheia de possibilidades que até hoje permanece como referência de ousadia e inovação.

Se você é fã de mundos abertos, da história dos videogames ou simplesmente quer testar sua coragem como explorador virtual, Daggerfall ainda é um convite irresistível ao desconhecido. Prepare sua espada, sua armadura e seu cavalo: o maior mapa da história dos RPGs ainda está à sua espera.

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Nota do Crítico

Versão Revisada:

Prós

Contras

Requisitos de Sistema

WINDOWS
MAC
LINUX
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